OSTEOPOROSE
A osteoporose é uma doença osteometabólica definida por baixa massa óssea associada à deterioração da microarquitetura do osso, levando a uma fragilidade e aumento das fraturas. Com isso reduz a independência, e com os riscos de complicações pós trauma aumentados se eleva a mortalidade principalmente em relação a fraturas de quadril.
As mulheres pós menopausa são o grupo mais afetado por essa patologia, porém a osteoporose também ocorre em homens, correspondendo até a 40% dos casos.
Os fatores de risco para desenvolver Osteoporose estão ligados a baixa densidade mineral óssea, história familiar, sedentarismo, história prévia de fratura sem trauma. O tabagismo e o etilismo também estão associados ao aumento de fraturas a longo prazo. Algumas medicações estão diretamente ligadas, sendo o uso crônico de glicocorticoides como por exemplo a prednisona, o mais associado. Encontram-se ainda nessa lista o uso de antiepilépticos, lítio entre outros.
Algumas doenças prévias como diabetes, artrite reumatoide, HIV, DPOC, menopausa, síndromes de má absorção estão associadas ao maior risco de desenvolvimento da Osteoporose, bem como o baixo peso, e a amenorreia em atletas são fatores de alerta.
Como a osteoporose é uma doença silenciosa, sem muitos sintomas, devemos sempre ficar atentos aos possíveis fatores de risco descritos acima. Existem exames que se fazem necessário para uma inicial investigação, buscando por possíveis doenças endócrinas não conhecidas ou ainda insuficiências vitamínicas ou minerais.
O método mais utilizado para determinação da massa óssea é a Densitmetria medida pela dupla absorção de raios X(DXA), avalia ossos da coluna bem como do quadril, e também periféricos como antebraço, calcanhar.
A atividade física pela tração muscular exercida no osso apresenta papel importante na manutenção, e melhora da densidade mineral óssea, melhora o equilíbrio e diminui o risco de quedas. Sendo assim, o primeiro pilar para prevenção e tratamento deve incluir atividade física avaliando a individualidade de cada paciente de acordo com suas capacidades.
Todo paciente deve se conscientizar de suspender o fumo, bem como reduzir a ingesta de cafeína e álcool. Além disso faz-se necessário formular estratégias para prevenção de acidentes, visando uma redução nas fraturas por queda.
O consumo de Cálcio diário deve ser sempre investigado, através do consumo de produtos lácteos, brócolis, sardinha, figo entre outros. Lembrando que a dieta alimentar pode ser insuficiente havendo então a necessidade de reposição de cálcio, bem como de vitamina D.
O tratamento é medicamentoso e será escolhido de acordo com a necessidade do paciente, sintomas gastritos, associado ao sítio de desmineralização óssea entre outros. O agente mais utilizado mundialmente são os Bisfosfonatos, sendo agentes antirreabsortivos.
Lembre-se que a prevenção sempre será a melhor escolha.
Fonte: Dra. Gabriela R. Gämperli | CRM-MT 7479